Projeto de Lei 4330/2004 – Terceirização
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Vocês me perguntam: este PL 4330/2004 está na dire-
ção correta ou apenas é um ataque aos direitos e garantias
ao trabalho, tão bem insculpidos na nossa CLT? Eis aí uma
questão reiteradamente colocada em todos os cantos.
Eu lhes respondo: em verdade, esse PL 4330 vai na dire-
ção correta, vai contra a vanguarda do atraso, a marcha da
insensatez representada pelos interesses de tantos quan-
tos pretendem manter o passado presente, o
status quo
eternizado.
Há uma esdrúxula, extravagante e bizarra aliança no Brasil
hoje em favor de bloquear a modernização da nossa econo-
mia, que precisa ir a favor do progresso, em direção aos con-
ceitos e às práticas atuais da gestão e da economia do mundo
desenvolvido. Precisamos passar a praticar, fazer e a tratar ge-
rencialmente e legalmente em nosso país o que já é o feijão
com arroz da vida econômica globalizada: como bemdisse Pe-
ter Drucker, “não há país subdesenvolvido, há país subadmi-
nistrado”. A nova lei finalmente propiciará uma nova forma de
gestão dos trabalhadores terceirizados em nosso país.
Como ficará o PL transformado em lei pelo Congresso?
Bem, isso eu não sei, mas o conceito básico inscrito no PL
está na direção correta. É um passo essencial.
Quando avalio os resultados previsíveis de qualquer
projeto de lei em tramitação numa casa legislativa, sem-
pre me socorro da velha máxima de Bismarck: “se o povo
soubesse como são feitas as salsichas e as leis, não come-
riam salsichas nem acreditariam em leis”.
Vamos ver como vai se transformar este PL 4330 em lei,
mas não há dúvidas de que estamos na direção correta,
daí porque tanta reação contrária daqueles que querem
manter a situação vigente.




