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Adm. Wagner Siqueira

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Tornam-se cada vez mais comum a mistura de ativida-

des fabris, com as comerciais, com as de serviços ou exe-

cutadas simultaneamente pelas mesmas empresas.

Já vão longe, mas muito longe mesmo, os velhos con-

ceitos de empresas originalmente concebidas para serem

empresas de atividades primárias, secundárias e terciárias.

As empresas cada vez mais fazem de tudo.

Qual o negócio da Coca-Cola? Produzir diretamente o

refrigerante ou o xarope para o seus distribuidores fran-

queados? Será que o negócio das Adidas

é

realmente pro-

duzir tênis? Qual é o negócio da Apple?

Por que os EUA e muitos países europeus transferem

suas fábricas para a Ásia, África e América Latina?

O processo produtivo mundializado está cada vez mais

terceirizado e quarteirizado. O Brasil precisa descobrir essa

obviedade e se inserir firme e decididamente no processo

global de produção.

A Toyota, no Japão, trabalha com cerca de 500 fornece-

dores fixos, simultaneamente. Estes, por sua vez, dividem

a tarefa de montagem de um carro com mais de 3.000

empresas de autopeças, que, por sua vez, subcontratam

20.000 empresas produtoras de pequeno porte.

Todas as atividades produtivas estão envolvidas em ca-

deias globais de produção em todo o mundo: cadeias pro-

dutivas globais ou redes globais de produção.

É o carro globalizado, construído por peças e compo-

nentes oriundos de todo o mundo.

Por isso, se pode produzir em média um carro ou uma

moto, ou não importa o que for, em poucos segundos.

Esta realidade espantaria Henry Ford, criador da linha de

montagem e da incorporação no ritmo no processo de