Previous Page  32 / 52 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 32 / 52 Next Page
Page Background

Adm. Wagner Siqueira

32

forte por meio da exploração do braço escravo. Por

isso, Brasil e Cuba foram os últimos países a libertar os

escravos africanos em todo o mundo. É assim tamb

é

m

hoje com diversas formas de exploração do trabalho

indecente, do trabalho do menor, da mulher, do idoso,

do portador de deficiência, e, por que não, tamb

é

m do

trabalho terceirizado. Estamos sempre a reboque da

história! Não há justificativa para tratamento tão de-

sigual com os trabalhadores da prestação de serviços

terceirizados em nosso país. O empregado da contra-

tante e o da terceirizada devem ser parceiros, receber

tratamento equitativo, de mesma natureza. Apenas o

que os distingue

é

a natureza jurídica das relações de

trabalho que mant

é

m com o contratante.

Avançamos bastante em relação às regras da famí-

lia: casamento do mesmo sexo, adoção de crianças,

relações monoparentais. Mas reagimos no mundo do

trabalho à contextualização do Brasil com o que se faz

há d

é

cadas nos países desenvolvidos. Resistimos a nos

incorporarmos à sociedade globalizada.

Esta

é

uma questão que não se discute no 1º mundo

desde os anos 1950/1960, logo após a II Guerra Mun-

dial. Está resolvida.

Paradoxalmente aqui entre nós, aqueles que defen-

dem os avanços, com razão, no campo da família, mes-

mo nos sindicatos e nos movimentos sociais, são os

mais fervorosos opositores à desprecarização do tra-

balho terceirizado.

É claro que há muitas organizações de terceirização

de serviços que são s

é

rias e respeitadoras da legisla-

ção básica do trabalho. Mesmo assim, ficam à mercê