As Novas Relações do Trabalho
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As tecnologias avançam à velocidade orbital. A menta-
lidade das relações de trabalho se arrasta à velocidade do
carro de boi.
As mudanças tecnológicas provocam obsolescência de
mentalidades e de conceitos, de habilidades e de compe-
tências, e também de atitudes tanto de empregados quan-
to dos empregos.
Grande parcela dos atuais empregos será substituída
nos próximos anos por robôs, drones e toda uma miríade
de sistemas tecnológicos que, cada vez mais, se encarre-
gam dos
deliveries
; “por clientes” que em todos os campos
e lugares desempenham crescentemente o trabalho dos
empregados, substituindo a mão de obra empregada.
É o restaurante a quilo, que mata o emprego do garçom.
É o Uber que tira o emprego do taxista. É o
check in
feito
diretamente de casa, do escritório ou do
smartphon
e, que
mata o emprego dos agentes de viagens e dos atendentes
nos aeroportos. E assim tudo se repete em todas as ativi-
dades da vida moderna.
As tecnologias determinam novas formas de trabalho
e de trabalhar. O trabalho não se resume mais ao empre-
go convencional de carteira assinada com vínculos certos
por prazo indeterminado: jornada certa de trabalho, su-
bordinação hierárquica e dependência econômica já não
podem mais ser as condições objetivas das relações de
trabalho. Isto era válido para os idos dos anos de 1940,
mas não mais subsistem, há muito, na realidade atual do
mundo globalizado.
A produção moderna é feita basicamente em redes ou
cadeias globais de produção, que combinam várias empre-
sas em parceria, emmúltiplos tipos de relações de trabalho.




