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Apresentação

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dos privilégios de uns em detrimento de outros. Em vez

de essencialmente proteger, lutar e garantir direitos de to-

dos, opta pela corporação de ofícios de seus sindicalizados

apenas. Aos terceirizados, que se virem na sua precarieda-

de de relações de trabalho!

A velha máxima convocatória à união e à solidariedade

na luta do Manifesto Comunista em 1848, de Marx & En-

gels, foi realmente jogada no lixo da história: “trabalhado-

res do mundo, uni-vos, nada tendes a perder, exceto vos-

sos grilhões”, há muito foi esquecido por um esquerdismo

fascista – de corporações de ofícios – protagonizado pelo

movimento sindical brasileiro.

A questão da regulação do trabalhado terceirizado no

Brasil, com uma resistência quase histérica de parcela ex-

pressiva do sindicalismo fascista da esquerda brasileira,

reedita a mesma situação relatada por mim na tentativa

de extensão de benefícios aos trabalhadores terceirizados

no Riocentro, bem-sucedida, mas a custo de muito esforço

e luta, e malsucedida ainda hoje no CRA-RJ.

O Sr. Manoelzinho e D. Soninha se sentem, em verdade,

como párias, discriminados como terceirizados no Conse-

lho por não terem acesso aos mesmos benefícios desfru-

tados pelos funcionários celetistas efetivos.

Somos aqui 27 conselhos regionais, certamente essas mes-

mas circunstâncias de desrespeito e de precarização aos tra-

balhadores terceirizados se repetememquase todas as nossas

entidades. Esta questão de terceirização não é um problema

apenas dos outros, ela também esta dentro de nossas casas,

é vivida em nosso cotidiano. E por ser comum ao mundo dos

negócios e à administração pública, deve ser pauta prioritária

de debate e de ações do nosso Sistema CFA/CRAs.