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Apresentação

Como introito ao tema “Terceirização”, gostaria de pre-

liminarmente apresentar a este ilustre plenário de conse-

lheiros federais do CFA dois testemunhos pessoais que,

certamente, atuarão como pano de fundo, como quadro

de referências de toda a minha exposição aqui hoje em

Campo Grande, neste Debate Qualificado.

Testemunho 1: Riocentro

Há bemmais de uma década, fui nomeado pelo prefeito

da Cidade do Rio como presidente do Riocentro, centro de

convenções nacionalmente conhecido pelo absurdo aten-

tado terrorista de 1º de maio de 1981.

Diferentemente do que é hoje, ainda à época em que

exerci a presidência do Riocentro, era um local ermo, iso-

lado e insulado do ir e vir da cidade.

Por isso, o Riocentro, desde a sua criação em 1976, dis-

ponibilizava aos seus servidores um eficiente serviço de

transporte de ônibus para diversos pontos do Rio. Claro:

esse serviço só era disponível para os funcionários efeti-

vos, vedado aos empregados terceirizados.

O mesmo se dava com os restaurantes disponíveis no

Riocentro: serviam aos funcionários, mas não aos tercei-

rizados. Obviamente que a mesma discriminação se dava,

inclusive, no serviço m

é

dico do órgão, num tipo de equipa-

mento cujas atividades são bastante propensas a acidentes

de trabalho e a ocorrências similares de saúde, repito, numa

organização localizada numa região distante de tudo.

Ao constatar tal realidade, julguei que não teria dificul-

dades de estender os serviços e tais benefícios aos tercei-

rizados, que atuavam em caráter permanente, indepen-

dentemente da existência ou não de eventos.