O Núcleo Brasileiro de Estágio (Nube) publicou a Pesquisa Nacional de Bolsa-auxílio 2016, onde são apresentados valores médios, em reais (R$), oferecidos a estagiários de diversos cursos, em seus respectivos níveis. Segundo os dados apresentados, o valor pago a estagiários do curso superior de Administração, no Estado do Rio de Janeiro, saltou de R$ 969,46 (2015) para R$ 989,87 (2016), em média, o que representa um aumento de 2,11%.

A nível nacional, o aumento foi de 2,8%, indo de R$1.073,41 (2015) para R$ 1.102,94 (2016). Atualmente, em todo o Brasil, a Administração ocupa a 19ª posição no ranking de maiores valores de bolsa-auxílio.

Carlos Henrique Mencaci, presidente do Nube, declarou à imprensa que ‘o valor da bolsa deve ser compatível com a mensalidade paga pelo estudante’, isto porque boa parte dos estudantes arcam com os custos de sua formação.

O Adm. Leonardo Fuerth, superintendente do Conselho Regional de Administração do Rio de Janeiro (CRA-RJ), corroborou a visão de Mencaci e ainda ressaltou que os estudantes não devem focar apenas a bolsa-auxílio. Apesar de sua importância, Fuerth garante que há outros fatores de extrema relevância que precisam ser levados em conta.

“Há empresas que sequer pagam bolsa-auxílio, mas o estudante de nível superior entende que para é muito bom realizar aquele estágio, pois as oportunidades que estão tendo ali de conhecimento, práticas e de formação de network representam enorme valor para ele. Não são valores contabilizáveis, mas que são intrínsecos à formação dele”, destacou Fuerth.

Fuerth, que iniciou sua carreira profissional no CRA-RJ como estagiário, contou que seu envolvimento em movimentos estudantis o trouxe ao Conselho com o interesse de lutar pelo engrandecimento da profissão.

“Eu tinha uma satisfação enorme de estar no Conselho como estagiário, testemunhando e colaborando com conselheiros e funcionários da época para a construção de uma entidade que visava a proteção e a valorização do profissional de Administração. O valor da bolsa-auxílio não foi o fundamental, mas sim aquilo que me dava realmente mais satisfação do que a remuneração poderia dar. Assim, eu fui galgando espaço no Conselho ao longo da minha carreira, mas o estágio foi fundamental”, disse o superintendente do CRA-RJ.

Em todo o Brasil, foram entrevistados 20,6 mil estudantes de diferentes níveis. Constatou-se que a média geral paga a um estagiário brasileiro, em 2016, é de R$ 965,63, um aumento de 1,7%, em relação ao ano passado, quando a média geral foi de R$ 949,31.