O VII Encontro de Administração em Saúde do CRA-RJ abordou o tema “A contribuição da Administração na área de saúde para os processos de Segurança do Paciente”. Organizado pela Comissão Especial de Administração de Serviços em Saúde do Conselho, o evento contou com a participação das Administradoras Maria de Fatima Ribeiro dos Santos, coordenadora da comissão, Rita de Cassia Garcia, coordenadora adjunta, e do Prof. Leonardo Justin Carap.

O assunto central foi dividido em quatro palestras: “A Segurança do paciente e os aspectos relevantes para a assistência segura e a garantia da qualidade no cuidado”, com Bárbara do Nascimento Caldas, do Instituto Nacional de Cardiologia; “A gestão do ambiente e dos processos de hotelaria hospitalar na segurança do paciente”, com a Adm. Flavia Fávero, presidente da Sociedade de Hotelaria Hospitalar do Estado do Rio de Janeiro; “A importância do Plano de Segurança do Paciente”, abordado pela Adm. Rosilene Aparecida dos Santos, do Hospital Federal de Ipanema;  e “O papel do gestor para a garantia do sucesso do Plano de Segurança do paciente”, trabalhado por Victor Grabois, presidente da Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente.

Depois das apresentações, os palestrantes participaram de uma mesa redonda, onde responderam perguntas do público presente sobre os assuntos abordados. Sobretudo, o evento deixou clara a necessidade de se inserir o Profissional da Administração na Gestão Hospitalar para que os serviços prestados se tornem mais eficientes, tanto para as unidades de saúde, quanto para os pacientes/clientes.

O Encontro teve transmissão ao vivo e em breve estará disponível na CRA-RJ Play e na Rádio ADM RJ.

Confira algumas das declarações feitas durante as explanações de cada assunto.

Antes que ocorra um incidente, a gente tem a circunstância notificável […]. Por exemplo, você vai olhar um carrinho, faz alguma conferência nele e vê que a roda está quebrada ou que o ambu [reanimador] não está funcionando. Naquele momento, não aconteceu nada, mas e se estivesse acontecido uma parada [cardíaca], você teria um problema com aquele equipamento. Essas circunstâncias também podem disparar processos de melhorias, para ajustarmos os nossos sistemas de barreiras”, Bárbara do Nascimento Caldas.

 

 

Uma outra área importantíssima na Hotelaria Hospitalar é a questão da higiene. […] Na higiene hospitalar, precisa haver um procedimento operacional padrão, rotina, cronograma, treinamento? Sim. Mas de que adianta ter processo, rotina definida e não ter acompanhamento? O profissional de higiene precisa ser acompanhado. Ele está treinado, mas, na ponta, será que ele consegue aplicar a técnica na limpeza terminal? A gente precisa ter alguém para monitorar essa atividade”, Adm. Flavia Fávero.

 

“A perspectiva do olhar do Administrador é muito em função da nossa formação. Então, dentro da atividade do profissional da Administração, a gente está sempre preocupada com planejamento, definição de objetivos, metas, etapas, ações; nós nos preocupamos com organização de processos, materiais, meios, instrumentos. Temos um olhar sempre voltado para resultados que tenham um nível de qualidade aceitável e que sobretudo maximize a satisfação de pacientes, profissionais de saúde e da própria instituição”, Adm. Rosilene Aparecida dos Santos.

 

 

“Eu acredito muito na profissionalização da Gestão Hospitalar. E crer nisso, para mim, tem uma decorrência muito prática, que é um nível de valorização e investimento na figura do Administrador em Saúde muito superior ao que a gente possui hoje. Eu acho que o Profissional da Administração tem um papel verdadeiramente estratégico, do ponto de vista do funcionamento das instituições de saúde e tem conhecimentos que os outros profissionais não têm, e que fazem falta nesse amadorismo reinante”, Victor Grabois.