Foto: Ilan Pellenberg

A Gestão Pública também passa por transformações à medida que a tecnologia avança e gera a necessidade dos profissionais da Administração se adaptarem à essa nova realidade. Um dos painéis paralelos apresentados durante o 26º Encontro Brasileiro de Administração trabalhou exatamente “Tecnologia e Inovação na Gestão Pública Municipal”, com participação de especialistas em diversas áreas ligadas a processos de implantação e manutenção de programas voltados à gestão dos municípios em vários segmentos.

Os responsáveis por trabalhar os temas propostos foram Alexandre Cardeman,  consultor de Centro de Operações Integradas e Cidade Inteligente; Junior Salviatto, diretor da Coordenadoria de Gestão Energética da prefeitura de Araras (SP); e Adm. Tereza Cristina Baratta, diretora da Escola Nacional de Serviços Urbanos do Ibam. O moderador dos palestrantes foi o superintendente geral do Instituto Brasileiro de Administração Municipal (Ibam), Adm. Paulo Timm.  

Cardeman trabalhou  a implantação do Centro de Operações Integradas da Cidade do Rio de Janeiro, do qual foi consultor e gerente de implantação. Ele contou experiências que levaram ao aprimoramento de todos os sistemas e dos operadores também e destacou o envolvimento da população.

“A cidade inteligente é o cidadão saber da informação para uma tomada de decisão e coordenar é decidir. Os nossos direcionadores, pensando em Tecnologia da Informação, entre outros, processo, inovação, resiliência, estratégia e Comunicação nas redes Sociais”, destacou Cardeman.

Foto: Ilan Pellenberg

Já Salviatto destacou a importância de investimento em equipamentos que gerem economia de energia elétrica, uma vez que ela representa o terceiro maior gasto na gestão municipal.

“Não adianta a gente apenas ter tecnologia a nosso favor, a mudança comportamental também é muito importante nesse processo. Inclusive em Araras a gente criou as boas práticas de gestão. Fizemos um manual, onde abordamos temas como economizar iluminação nos prédios públicos e utilização de ar condicionado, por exemplo”, disse Salviatto.

Por sua vez, a Adm. Tereza Cristina Baratta abordou o uso da tecnologia e da gestão na preservação do meio ambiente, em especial da Amazônia.

“São muitos os agentes do desmatamento. Eles vão além do arco geofísico específico dos crimes ambientais. Alguns desses riscos são inerentes ao próprio processo de ocupação e abertura de rodovias e estradas ou criação de indústrias. Mas o patamar mudou, quando a gente fala em uma escala de um país tão grande  e nós todos precisamos enfrentar esse problema”, disse.